A morte não tem a última palavra

Mensagem de Páscoa do comitê executivo da AIPRAL: Muitas e muitos estão sendo sacrificados em nome da economia, por negligência de algumas autoridades, pelo açambarcamento de vacinas nos países centrais e pela não liberação de suas patentes. Mas ainda hoje, em meio à pandemia, quando muitos já se foram, uma voz sussurra para nossa descrença: “o crucificado já ressuscitou”.

A escuridão diminui, a morte sabe que foi derrotada, as conspirações de ódio se desfazem e a esperança se delineia em um novo amanhecer. As mulheres, as primeiras informadas e anunciadoras da ressurreição, aproximaram-se do túmulo para homenagear um homem crucificado. Daquele dia em diante, a morte não tem a última palavra. Há pouco mais de um ano, uma pandemia semeando a morte foi amarrando nossos abraços, afastando nossos beijos e fazendo a mesa compartilhada estranha. Muitas e muitos estão sendo sacrificados em nome da economia, por negligência de algumas autoridades, pelo açambarcamento de vacinas nos países centrais e pela não liberação de suas patentes. Mas ainda hoje, em meio à pandemia, quando muitos já se foram, uma voz sussurra para nossa descrença: “o crucificado já ressuscitou”. É uma boa notícia para as/os crucificadas/os de nosso tempo, para nossos povos repetidamente condenados à morte evitável. A certeza da ressurreição nos leva a caminhar confiantes e afirmados na verdade revelada pelos Evangelhos: “o crucificado já ressuscitou”.

 

Que nesta Páscoa, o Deus que “vivifica os mortos e chama as coisas que não são como se já fossem” (Romanos 4:17) nos faça caminhar na esperança do Ressuscitado.